As equações do oscilador harmónico simples são dadas por
ddt(∂L∂x′)−∂L∂x=0
onde
L=12mx′2−12kx2
De modo a obter a equação de onda, faz-se
p=∂L∂x′=mx′
e determina-se a quantidade H(x,p)=px′−L em função de x e p, nomeadamente,
H=12mp2+12kx2
As equações clássicas do movimento são dadas pelo sistema
{∂H∂p=x′∂H∂x=−p′
isto é, as já conhecidas equações da mola
{p=mx′p′=−kx
A equação de onda é escrita na forma
H(x,iℏ∂∂x)φ=iℏ∂φ∂t
isto é,
−ℏ22m∂φ∂x+12kx2=iℏ∂φ∂t
Aplica-se o método da separação, fazendo φ(x,t)=ψ(x)ϕ(t). Daqui segue-se que
ϕ(t)=eiEtℏ
onde E é uma constante. A função ψ(x) satisfaz a equação diferencial
−ℏ22md2ψdx2+12kx2=Eψ
que pode ser colocada na forma
d2ψdx2+(ε−kmℏx2)ψ=0
onde
ε=2mEℏ2
Faz-se
{α2=ℏ2kmx=√αy
obtendo-se a equação diferencial
d2ψdy2+(εα−y2)ψ=0
Considera-se a solução ψ=ue−y22. A equação de u fica
d2udy2−2ydudy+(εα−1)u=0
A equação possui soluções polinomiais Hn(y) quando εα−1=2n onde n é um número inteiro. As restantes soluções, quando n não é inteiro, comportam-se assimptoticamente de modo que a função de onda resultante seja infinita quando y→∞ e não são admissíveis. As soluções admissíveis satisfazem
αε=2n+1
que corresponde aos valores para a energia
En=(n+12)ℏω
em que
ω=√km
As funções de onda associadas a cada nível de energia são da forma
ψn(y)=(πα)−14(2nn!)−12Hn(y)e−y22
onde
(−1)nHn(y)=⌊n2⌋∑i=0(−1)in!i!(n−2i)!(2x)n−2i
são polinómios.