Considera-se que a química moderna tem a sua origem no tratado elaborado por Lavoisier. Porém, ainda se acreditava que os compostos orgânicos poderiam apenas ter origem em seres vivos segundo a teoria do vitalismo. Prevera-se, como resultado da filosofia vitalista, que as substâncias orgânicas, apesar de se poderem decompor em substâncias minerais, poderiam apenas ser formadas em organismos vivos já que estes são as os únicos capazes de prover o a força vital necessária à sua síntese. Tal hipótese foi invalidada experimentalmente com a publicação do artigo Sobre a formação natural de ureia por Wöhler.
É curioso o facto de que a experiência não foi suficiente para tornar obsoleta a filosofia vitalista. Começou a surgir entre os químicos vitalistas o argumento de que, mesmo que se consiga produzir substâncias orgânicas a partir de corpos inorgânicos, isso estaria ainda muito incompleto relativamente à produção de corpos orgânicos funcionais a partir de corpos inanimados. Outros acreditavam que o cianeto de amónio a partir do qual se obtivera ureia poderia encerrar forças anímicas que não pactuavam com as leis da física. Esta última hipótese fora mais tarde desmentida quando se produziram substâncias orgânicas a partir de elementos que poderiam também ser usados na produção de substâncias inorgânicas.
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